9 de abr. de 2009

Lixo - Ilha do Mel - PR



Na Ilha do Mel não existem áreas adequadas e nem em condições para dar um destino correto aos dejetos, porque o lençol freático (águas subterrâneas) é muito próximo da superfície e o risco de contaminação é muito grande. Além disso, a maior parte da Ilha é Estação Ecológica e Área de Preservação Ambiental, impossibilitando a implantação de aterro sanitário. Portanto, todo o lixo produzido e acumulado na Ilha do Mel, se não puder ser reaproveitado ou reciclado, deve ser levado de barco até o continente, para que possa seguir para os aterros da Prefeitura de Paranaguá. Por não haverem ruas e serem proibidos os veículos automotores, a coleta de lixo é feita com carrinhos puxados manualmente. Portanto, o trabalho de coleta de lixo é lento e difícil. Além disto, as distâncias percorridas são longas, considerando que muitos campings e residências, se encontram em áreas de difícil acesso. Para facilitar o trabalho do pessoal da Coleta Seletiva, é preciso que todos colaborem, enterrando o lixo orgânico (ou fazendo compostagem), e separando o reciclável, evitando enterrar o lixo misturado, jogar tudo no meio do mato ou simplesmente jogar tudo em volta de onde se está. Enterrar o lixo orgânico é uma boa prática pois, além de adubar a terra dos quintais, evita a exposição do lixo, a criação do mau cheiro e a proliferação de aranhas, moscas, mosquitos, baratas e roedores, que encontram no lixo exposto, o ambiente ideal para seu desenvolvimento. O lixo deixado durante anos pelos turistas e moradores, devido à falta de infra-estrutura adequada, foi se acumulando de tal forma que acabou por tornar-se um sério problema, cujas conseqüências estavam, pouco a pouco, comprometendo o meio-ambiente, a paisagem e, principalmente, a saúde da população local. Até aproximadamente 1980, todo o lixo da Ilha era enterrado, não havendo coleta seletiva do mesmo. Em locais mais habitados, não havia mais espaço para ser enterrado, levando os moradores a jogar e enterrar o lixo em outros locais mais isolados. Porém, com o passar do tempo, estes depósitos foram sendo desenterrados pela ação da erosão do mar e era possível observar em alguns locais, a presença de latas, garrafas e plásticos “aflorando” e espalhando-se ao longo das praias, causando impacto visual e ambiental.

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