23 de dez. de 2009

Igreja de São Benedito e praia dos Carneiros - Tamandaré - Recife - PE




Em Tamandaré você tem que desfrutar da paisagem selvagem da praia dos Carneiros, localizada à 5 Km da cidade. Carneiros é uma praia de sonhos. São 5 Km de coqueiros que margeiam toda a sua extensão, a água é límpida e morna e sua paisagem é moldada pelo estuário do Rio Formoso e por um paredão de arrecifes de 1Km de extensão. As piscinas naturais e os bancos de areia oferecem um espetáculo de cores inigualável. As ondas banham a simpática igrejinha de São Benedito, construída em 1910, pintada de branco com detalhes na cor verde, que se destaca em meio ao imenso coqueiral da praia. A simplicidade de sua arquitetura, aliada à beleza do lugar, nunca permite que alguém vá embora sem levar pelo menos uma fotografia para recordação. Os troncos de coqueiro, em fileira, fincados nas areias em frente a igreja, servem de proteção contra a força da maré.É, ainda hoje, utilizada em eventos isolados. A praia é um paraíso que merece ser visitado, pois a paisagem ainda é quase a mesma do início do século. Permite ancoragem natural na maré baixa de pequenos barcos e médias embarcações na maré alta.

Igreja do Divino Espirito Santo - Boipeba - BA



A Igreja do Divino Espírito Santo de Velha Boipeba, construída pelos jesuítas, é o monumento histórico mais importante da Ilha de Boipeba, de relevante interesse arquitetônico e cultural (Grau de proteção do IPAC: 01). Ela foi construída por volta de 1610 e ampliada no século XIX. Da matriz original conservam-se a planta em cruz latina, comum em igrejas de aldeias jesuítas do século XVII, a portada e a sacristia esquerda. Hoje, a igreja, além da planta em cruz latina, consiste de duas sacristias e uma sineira com acesso pelo exterior. Há anos, que o telhado da igreja apresentava defeitos, deixando infiltrar água e colocando em risco a perpetuidade deste importante monumento histórico-cultural do país. A AMABO e a Comunidade da Igreja Católica de Boipeba, informaram a Petrobras / Transpetro sobre o péssimo estado de conservação do telhado da Igreja do Divino Espírito Santo, e propuseram uma parceria com o objetivo de restaurá-la. A Transpetro acolheu a proposta e enviou técnicos para visitar a igreja e avaliar o valor da obra. Os técnicos constataram que a igreja "sofre violentas agressões temporais e inequívoca falta de manutenção, comprometendo a sua integridade". O Convênio entre a Transpetro e a AMABO, é um marco importante para a comunidade de Boipeba, porque realiza uma obra, muito desejada pelos seus moradores, preservando um símbolo secular da história da civilização brasileira. Em setembro de 2001 foram iniciados os trabalhos. Muitas paredes estavam danificadas por raízes de plantas que se desenvolveram em cima do telhado. Neste caso, as partes danificadas foram quebradas e a parede reconstruída e rebocada. Os caibros e ripas antigas foram substituídos por barrotes e ripas novas e, quando necessário, algumas das peças que sustentam o telhado. Toda madeira foi tratada contra fungos e insetos. Foram removidas todas as telhas que formavam o beiral do telhado e substituídos por novas telhas cravadas na parede, utilizando a mesma técnica que era utilizada no passado. Com o avanço dos trabalhos no telhado da nave, os carpinteiros e seus ajudantes descobriram novos desafios na obra. O telhado e o forro da nave são sustentados e apoiados por 4 peças de madeira de 10 metros de comprimento e 25 cm de espessura, que atravessam a nave e se apóiam nas suas pontas, nas paredes laterais. Depois de ter limpado a área, removendo entulho, poeira e excrementos de morcegos, a equipe se assustou quando descobriram que as pontas das madeiras centenárias tinham, apodrecido. Para sanar o perigo de um desabamento, foi decidido reforçar as pontas das peças com chapas de ferro. Foram parafusadas 12 peças de ferro com 1,5 metro de comprimento, para sustentar três peças. A quarta peça, muito danificada, será removida junto com o forro. Além disso, a estrutura do telhado recebeu 3 reforços em forma de "tesoura", criando um apoio seguro para o telhado da nave. A realização das obras foi dividida em duas etapas. Após da primeira etapa, inclui a remoção do telhado danificado e a construção do telhado novo. A segunda etapa dos trabalhos abraçou a restauração do forro das três capelas e da nave. O forro encontrava-se em péssimo estado de conservação. Em uma das capelas laterais, o antigo forro não se sustentava mais. O forro da nave central das capelas foi completamente removido. O forro novo é feito de Angelim, uma madeira bem resistente, foi secada em estufa e tratada contra fungos e insetos. Como acabamento, ela recebeu uma pintura de verniz. Na nave central, a pintura artística que estava no forro antigo, foi substituída por um painel, pintado pelo artista plástico Elias Santos da Silva. A restauração do telhado e do forro da Igreja do Divino Espírito Santo incentivou a comunidade da Igreja Católica em buscar apoio para pintar as paredes, portas e janelas. A Prefeitura de Cairu e os moradores de Boipeba contribuíram com doações o que possibilitou fazer a pintura interna e externa da igreja. Dia 15 de dezembro de 2002, a Igreja do Divino Espírito Santo foi re-inaugurada com uma missa. Participaram a comunidade de Boipeba, representantes da TRANSPETRO, AMABO e Prefeitura.

22 de dez. de 2009

Museu do Osso - Velha Boipeba - BA



Na vila de Velha Boipeba ainda é possível encontrar casas feitas de pau-a-pique, como antes a maioria das casas por aqui eram feitas. Na Rua do Ribeirinho, em frente a um belo jardim, encontra-se o Museu de Osso que reúne um acervo de curiosidades da ilha incluindo ossos de baleia e de vários outros peixes. O responsável por esse museu é um senhor muito simpático conhecido por todos como Sr. Tavinho ou Mr. Cabeludo. Há ainda a Igreja do Divino Espírito Santo, patrimônio histórico, construída pelos padres jesuítas. A igreja reúne altares neoclássicos e azulejos com temas bíblicos. Outra atração é conhecer a Casa de Farinha, em estilo colonial, onde até hoje se fabrica a farinha de mandioca que é muito usada na culinária baiana. Pode-se conhecer também o Roldão, lugar onde é triturado o dendê para se fazer o azeite. Subir o Morro do Quebra Cu e seguir até o mirante é quase obrigatório pois de lá se visualiza toda a ilha e de onde, em fins de tarde, se tem uma vista de pôr do sol espetacular.

Macarena e las três langostas



Quando for a Boipeba, desembarque na praia de Coeira. Pode-se continuar o percurso na lancha, ou percorrer uma trilha, passando pela praia de Tassimirim e um trecho de Mata Atlântica, com o acompanhamento de guias locais, até a praia de Boca da Barra, onde se para para o almoço. Experimente uma boa mariscada ou a moqueca de polvo no Kiosk Brilho do Sol ou no Kiosk do Baby na Praia da Boca da barra. Visite a Barraca Tassimirim na praia do Tassimirim e se delicie com as lagostas e guaiamuns preparados nas panelas de barro em forno a lenha por Dona Antonina, cozinheira local. À tarde navegue pelo rio do Inferno até a ilha de Cairú, para visitação do convento de Santo Antônio. É operado em lanchas equipadas para mar aberto, com dois motores e todo o equipamento de segurança recomendado pela Marinha, além de confortáveis bancos individuais e anatômicos.
Na foto um casal de amigos espanhois em visita ao Brasil se deliciam com as "langostas" criadas em cativeiro para consumo no restaurante da praia de Boca da Barra chamado Restaurante Por-do-Sol que é de uma das melhores cozinheiras do arquipélago, Tavinha! O Por-do-Sol fica no local mais previlegiado da Praia da Boca-da-Barra! Não tem como não passar por lá!Tassimirim.

19 de dez. de 2009

Pátio da Igreja da Sé - Olinda - PE



O primeiro prédio da Sé de Olinda, construído no período 1537/1540, era simples, mal construído, feito de taipa de mão em estilo barroco, e tendo como patrono o Santíssimo Salvador do Mundo Jesus Cristo. Como o prédio ameaçava desabar, foi edificada, em seu lugar, uma outra construção em estilo gótico, a qual foi concluída em 1584, graças à intervenção do Frei Antônio Barreiro, o terceiro bispo do Brasil. Nesse segundo projeto, foram erguidas várias capelas laterais, como as de São João e a dos Reis Magos. Em 1631, como tantos outros monumentos religiosos, a Sé ficou em ruínas após o grande incêndio que houve em Olinda, por ocasião da presença holandesa em Pernambuco. No entanto, o prédio foi reconstruído na segunda metade do século XVII. Com a criação do bispado de Olinda, em 1676, a Sé foi elevada à posição de catedral. Mesmo assim, em 1689, os religiosos ainda solicitavam aos fiéis que carregassem pedras e outros materiais, no sentido de poderem finalizar as obras. Desta feita, o templo ganhou o adro e o seu muro, assentos e pilastras de pedra, o forro, e a ornamentação de talha dos altares e das fachadas interiores das portas. No cômputo geral, esses trabalhos duraram um século para serem concluídos.

18 de dez. de 2009

Projeto Cavalo Marinho - Estuário Rio Maracaipe - Ipojuca PE



O Projeto Hippocampus tem estudado no município de Ipojuca, PE, desde 2001, as populações de cavalos-marinhos do manguezal do rio Maracaípe, estuário visivelmente bem conservado e sem grandes pressões de pescadores de peixes ornamentais. O Brasil figura entre os exportadores de cavalos-marinhos. Dados brasileiros sobre pesca desses peixes não são conhecidos. Não há nenhum tipo de controle ou registro sobre a pesca para o comércio interior e os dados de exportação disponíveis são insuficientes para estimativas do real consumo. O comércio destes peixes movimenta grandes quantias para os atravessadores, que pagam muito pouco aos humildes pescadores que sobrevivem ou suplementam sua renda familiar com esta pesca. A ignorância sobre a biologia destes animais tem acelerado o processo de extinção das espécies, que no Brasil, são apenas duas: Hippocampus reidi e H. erectus. A sobrepesca do cavalo-marinho no Brasil, infelizmente já é uma realidade em muitos Estados, principalmente no nordeste brasileiro. No caminho do estuário do rio Maracaipe - Recife onde hoje está baseado o projeto Hippocampus em Pernambuco pude observar essa imagem significativa e instigante a menos de 200 metros da margem.

16 de dez. de 2009

Espelho na praia de Porto de Galinhas - Ipojuca - PE




Conta a história de Porto de Galinhas que foram os índios Caetés (pertencentes à etnia Tupí) que, perseguidos pelos Portugueses desde o sul, habitaram por primeira vez a região ao final do século XVI. Registos históricos também confirmam a região de Porto de Galinhas como último reduto desses índios em Pernambuco. Porto Rico torna-se um importante lugar de desembarque de escravos trazidos da África, os quais passavam a ser utilizados no cultivo da cana-de-açúcar nos engenhos da região. O comércio de escravos estava probibido desde a abolição, o que tornava a atividade ilegal e altamente lucrativa. Segundo a história popular, os traficantes burlavam os controles das autoridades ocultando os escravos nos porões dos navios encobertos por engradados de galinhas d'angola, ave originária da África e prato preferido da nobreza pernambucana naquela época. Assim, as tripulações dos barcos utilizavam a senha: "tem galinha nova no porto" para indicar a chegada de uma nova remessa de escravos. Por causa desses acontecimentos o lugar ficou conhecido como "Porto das Galinhas" ou "Porto de Galinhas". Porto de Galinhas permaneceu como local de veraneio dos senhores de engenho e porto pesqueiro até a década de 60, quando foi descoberta pela classe média e passou a ganhar pouco a pouco a projeção que a transformou num dos balneários mais conhecidos do Brasil.

Jangada em Por-de-sol - Porto de Galinhas - Ipojuca - PE



Porto de Galinhas, o balneário do litoral sul pernambucano que foi elevado à constelação de praias famosas ao lado de Búzios (RJ), Maresias (SP), Joaquina (SC), e Pipa (RN) começou sua jornada ao sucesso no ano de 1980 quando do loteamento Recanto Porto de Galinhas pelos proprietários da Fazenda Merepe, à época, abriram literalmente as porteiras que separavam o distrito de Nossa do Ó, no municipio de Ipojuca, dando acesso às praias onde se localiza hoje o balneário.

Porto de Galinhas - Ipojuca - PE



Poucos conhecem a verdadeira historia de Porto de Galinhas que antes era denominada Porto Rico. Usada para extração, contrabando e embarque de Pau Brasil foi utilizada também para trafico de escravos angolanos. Com a proibição do tráfico de escravos o desembarque neste porto continuou por bastante tempo ainda só que assim que os navios aportavam os comerciantes eram comunicados de que havia chegado novo carregamento de "galinhas" (escravos) pois os mesmos eram transportados presos em engradados que tinham os mesmos formatos daqueles usados para transporte de aves.

4 de dez. de 2009

Haja cocos!



Não importa o lugar...
...desde que haja cocos.

2 de dez. de 2009

Telamoni em Agrigento - Vale dos Templos - Sicília



Agrigento é uma comuna italiana da região da Sicília, capital da província de Agrigento, com cerca de 55.000 habitantes. A cidade foi fundada em 581 a.C. por alguns habitantes da Gela, com o nome de Acragas, homónimo ao rio que banha o território. A localização em um penhasco na costa Sul da Sicília, cercada por dois rios (o Hypsas e o Acragas) era estratégica por facilitar a defesa da cidade nas épocas da guerra. A dominação grega durou aproximadamente 370 anos, período em que Akragas adquiriu grande poder e esplendor, a ponto de ser chamada pelo poeta Píndaro de "a cidade mais bela dos mortais", devido as maravilhas do Vale dos Templos. O Templo de Zeus foi construido para honrar o homónimo depois da vitória em 480 A.C. sobre os Cartagineses. É caracterizado pela presença das chamadas telamoni (atlante ou atlas), estátuas de dimensões consideráveis (cerca de 8 metros) e com formas humanas que eram utilizados como colunas em algumas edificações. O nome deste gênero de estrutura de suporte origina na figura da mitologia grega, Atlas, o titã que foi condenado por Zeus a carregar o globo terrestre (ou o céu) para toda a eternidade, e que é representado carregando nos ombros um globo de grandes dimensões. Apresentam o tronco nu e o corpo musculado, os braços erguidos sobre a cabeça como que a suportar o peso da construção onde se encontra inserido (geralmente sob arquitraves ou estruturas similares). A sua utilização não se resumiu ao período clássico tendo sido aproveitada em diversos outros períodos posteriores, principalmente os que se caracterizam pela inspiração na arquitectura da Antiguidade Clássica.

Catharina Paraguaçu - Salvador - Bahia



Monumento localizado na praça Campo Grande no Centro de Salvador.

Catharina Álvares Paraguaçu foi uma índia Tupinambá nativa da região onde hoje é o estado da Bahia. Teria sido oferecida por seu pai, cacique da tribo, como esposa ao náufrago português Diogo Álvares Correia "Caramuru" que gozava de grande proeminência entre os Tupinambás da Bahia. Ela adotou o nome cristão de Catharina do Brasil. É considerada a mãe biológica de parte da nação brasileira. Faleceu em idade avançada por volta de 1586 e elaborou testamento existente até hoje no qual deixa seus bens para os monges beneditinos. Seus restos mortais repousam na Igreja da Graça, em Salvador. Contam que Catharina sonhava certa vez com náufragos numa praia e entre eles uma mulher com uma criança nos braços. Eles tinham frio e fome. Sabendo da força dos sonhos de sua mulher Caramuru mandou que procurassem pela orla onde foram encontrados vários náufragos, mas entre eles nenhuma mulher. Catharina sonhou de novo com a mesma mulher e ela lhe pedia que construissem uma casa para ela na sua aldeia. Pouco tempo depois, através de nova procura, foi encontrada uma imagem da virgem Maria com o menino Jesus nos braços. Essa imagem está hoje, no altar, na igreja da Graça.